Revestimentos de fachadas: problemas e soluções
As fachadas são um dos elementos essenciais à proteção das nossas casas. Para além da função estética, os revestimentos de fachadas exercem um papel importante na vida útil dos edifícios, tais como a proteção contra o frio e calor.
Infelizmente, o aparecimento de problemas com as nossas fachadas, parece ser cada vez mais comum.
Para ajudar o leitor a identificar os primeiros sinais de problemas na sua fachada, vamos identificar as três patologias mais comuns, assim como, apontar formas de as resolver. Deixamos um pouco a pintura de lado porque é o de mais fácil identificação e resolução.
1. Fissuração e Microfissuração
Existem dois tipos de fissuração nas nossas fachadas: A microfissuração e a fissuração, propriamente dita que, pelo nome, adivinha problemas mais sérios nas fachadas.
Microfissuração
O que é?
A microfissuração afeta apenas o revestimento exterior das fachadas, quer seja cerâmico quer seja reboco, tendo apenas um efeito pouco estético. Alguns materiais, como o reboco, dilatam com o calor e contraem com o frio o que provoca rutura de ligações da estrutura molecular dos elementos.
Como reparar
No caso do revestimento cerâmico, proceder à sua substituição. Se estivermos perante reboco deverá ser reparado e pintado, se for o caso.
Fissuração
O que é?
A fissuração ou rachadelas são o problema mais preocupante em relação às fachadas, pois podem revelar defeitos estruturais, e causam normalmente diversas patologias para o interior das nossas habitações. Por vezes afetam as armaduras do betão, e são as causas de condensações e infiltrações que aparecem nas paredes e tetos.
De certa forma, esses defeitos são a forma das fachadas falarem connosco: “eu não estou bem, existe alguma coisa de errado comigo, socorro, ajudem-me!”.
Ou seja, não é um problema cuja solução se deva procrastinar, é uma situação urgente que precisa ser resolvida o quanto antes, por uma empresa especializada.
Como reparar
Se as armaduras estiverem à vista devem ser tratadas com produtos específicos. Deverá ser efetuada uma avaliação e tratamento de consolidação/estabilização de fissuração estrutural e de ligação ativas, (consiste em picagem no rebordo marginal (aprox.10cm para cada lado) conforme norma, preenchimento com mástique no fundo das fissuras, com fornecimento e aplicação de argamassas compostas não retrateis, armada com tela com tratamento antialcalino de aprox.165grm./m2.
2. Destacamento do revestimento cerâmico
O que é?
Como “destacamento do revestimento cerâmico” referimo-nos à queda dos azulejos. Os edifícios com alguma idade sofrem muito desta patologia. Se começarem a olhar para as fachadas dos vizinhos vão verificar que algumas já se encontram sem revestimento em alguns locais, e outras com várias tonalidades de azulejo, o que indica que já foram substituídos, uma vez que a cor nunca é igual.
Como reparar
Apresentamos duas soluções para o destacamento do revestimento cerâmico:
Reparações Pontuais
É a solução mais económica, mas acarreta os seus riscos.
Quando uma fachada começa a ter este tipo de patologias, é provável que mais tarde ou mais cedo a mesma situação se repita, noutra área da fachada.
No entanto, e de modo a precaver ao máximo esta situação preconizamos uma revisão completa da fachada. Ou seja, toda a fachada deve ter revista ao toque de modo a que todo o revestimento que se encontre fissurado ou não solidário com a base (oco), seja substituído. Alertamos para o facto que, mesmo adotando esta metodologia, nenhuma empresa vai dar garantia dos trabalhos, pois o que está bem hoje, pode não estar em conformidade amanhã.
Reabilitação da fachada
É a solução obviamente mais custosa, mas definitiva.
Antes de tomarem esta decisão devem-se questionar se têm problemas de infiltração ou condensações dentro das V/ habitações. Se for o caso devem optar pela colocação de um sistema de isolamento térmico pelo exterior ETICS, vulgo capoto. Se estas situações não se verificarem, podem optar pela substituição do revestimento cerâmico, ou a colocação de reboco armado, devidamente pintado.
3. Eflorescências
O que são?
Muitos materiais de construção existentes no mercado possuem na sua constituição química sais solúveis em água. Estes sais sob a ação da água são dissolvidos e migram juntamente com a mesma até à superfície, onde se cristalizam. Este processo de dissolução/cristalização gera um aumento de volume nos sais provocando assim a deterioração da superfície onde está depositado. Quando esta cristalização se dá no interior da superfície, o fenómeno é denominado de cripto florescência. Quando se dá no ambiente exterior, é chamado de eflorescência.
Como reparar
Não temo boas notícias.
Se apenas pretenderem verem-se livres dos efeitos estéticos desagradáveis, podem aplicar produtos existentes no mercado para o efeito.
No entanto, se ela aparece é porque existe água na fachada e importa saber a sua origem, pois vai causar, num curto período de tempo, problemas para as habitações que protege.
Deve ser efetuado um relatório técnico de patologias adquiridas, por empresa especializada, por forma a se averiguar a sua origem. Normalmente passa pela reabilitação completa das fachadas, com produtos específicos, por forma a debelar esta patologia.
Para uma avaliação profissional independente, envie-nos uma mensagem através do formulário na nossa página de contactos, ou através dos contactos: pfernandes@relpa.pt / 968 513 973